
IBGE PREVÊ COLHEITA DE 56,4 MILHÕES DE SACAS DE CAFÉ EM 2020
A primeira estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) para a safra de 2020 é de 56,4 milhões de sacas de 60 kg,
representando um aumento de 12,9% em relação à última safra. Os números de
produção do arábica estão em 42,2 milhões de sacas de 60 kg, com crescimento de
22,1% também em relação ao mesmo período anterior.
Segundo o IBGE, o rendimento médio projetado para a produção
de café arábica apresenta um crescimento de 16,2%, enquanto que a área plantada
e a área a ser colhida aumentam, respectivamente, 4,2% e 5%. Os analistas
lembram que a atual safra é de bienalidade positiva para a espécie, ano em que
as plantas estão recuperadas fisiologicamente, uma vez que a produção do ano
anterior foi menor.
Eles também observam que a recuperação dos preços do grão no
final do ano passado deve incentivar os produtores a aumentar os investimentos
em tratos culturais e adubação das lavouras. “Até o presente momento, não se
tem notícias de maiores problemas com o clima nas principais regiões de
produção cafeeira do País, o que deve também refletir na produção de 2020”.
Minas Gerais, maior produtor de café arábica do País, com
75% do total nacional, estima colher 31,2 milhões de sacas de 60 kg,
crescimento de 26,2% em relação a 2019. No Espírito Santo, a estimativa da
produção encontra-se 33,4% maior que no ano passado, chegando a 3,4 milhões de
sacas de 60 kg.
Em relação ao café canéfora (robusta/conilon), a estimativa
do IBGE é de uma produção de 14,2 milhões de sacas de 60 kg, retração de 7,7%
em relação a 2019. No Espírito Santo, maior produtor brasileiro da espécie, com
participação de 66,3% do total, a produção estimada está em 9,4 milhões de
sacas de 60 kg, queda de 11,4%.
Em Rondônia, a produção estimada foi de 150,9 mil toneladas,
ou 2,5 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,1%. Na Bahia, a estimativa da
produção encontra-se em 1,8 milhão de sacas de 60 kg.
Os analistas observam que o canéfora passou o ano de 2019
sendo comercializado por um valor relativamente baixo, não retornando boa
rentabilidade para os produtores. “Dessa forma, a menos que haja recuperação
dos preços nos próximos meses, não se aguarda aumento nos investimentos em
tratos culturais e adubação, o que pode comprometer o rendimento das lavouras
ao longo do ano”.
(Fonte: Café Point)