MINISTRO DA INDÚSTRIA ANALISA POSSÍVEL IMPORTAÇÃO E PEDE INFORMAÇÕES DO SETOR CAFEEIRO

Na terça-feira (7/3), novas movimentaçoes sobre o pleito da
indústria para importação de café conilon começaram a ser feitas em Brasília. O
Conselho Nacional do Café (CNC) informou que na data o ministro da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira convidou o presidente executivo do
CNC, deputado Silas Brasileiro (PMDB), para uma audiência que tratou do tema.

O titular do MDIC solicitou, então, informaçoes a respeito
do atual cenário do mercado cafeeiro para analisar demandas, entre os quais a
possibilidade da importação de café. Segundo o presidente do CNC, o ministro
pediu informaçoes a respeito do volume dos estoques de café arábica e robusta
no Brasil e também questionou o posicionamento da entidade frente à
possibilidade de se realizar a importação em regime drawback. “Estivemos com o
ministro Pereira e informamos a ele que o estoque de café arábica no Brasil
encontra-se em níveis baixos, porém em volume suficiente para atender às
demandas do mercado interno e das exportaçoes ao serem somados com a safra a
ser colhida em 2017”, revela Brasileiro.

No que se refere ao café conilon, o presidente do CNC
sugeriu que o Governo acolha a sugestão apresentada pelo setor de produção e
faça o levantamento dos estoques da variedade, acompanhados pelos
representantes do setor, e confirme a existência de café suficiente para
atender à necessidade das indústrias nacionais. “Até que isso seja realizado,
reiteramos o posicionamento contrário do CNC à importação, o qual já tornamos
público desde dezembro do ano passado”, afirma.

Sobre a eventualidade de a Conab apurar estoques
insuficientes de conilon, Silas Brasileiro explica que, considerando que a
safra 2017 de conilon não deverá se aproximar de seus mais altos níveis devido
ao impacto do clima nas lavouras do Espírito Santo. O parlamentar entende como
interessante reunir a base da produção, traçar o posicionamento do setor e
sentar junto aos demais elos da cadeia e ao Governo Federal para obter um
consenso sobre a matéria.

“De maneira alguma aceitaremos prejuízos aos produtores,
portanto a importação de café para o consumo no Brasil jamais será aceita e
permitida por nós. A respeito do drawback, não podemos esquecer que a indústria
é nossa aliada e não adversária e é vital o Brasil manter seu Market share, a
sua fatia de mercado no mundo”, conclui.

(Fonte: Café Point)