FATURAMENTO BRUTO DA LAVOURA DE CAFÉ NO BRASIL É ESTIMADO

O Valor Bruto da Produção – VBP de fevereiro de 2017,
calculado pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), estima que o faturamento bruto da
produção de café será de R$ 22,63 bilhões neste ano, reportou o Observatório do
Café do Consórcio Pesquisa Café.

O somatório do VBP das lavouras objeto dessa estimativa para
este ano é de R$ 367,08 bilhões. As quatro principais lavouras no ranking do
VBP são: soja, com R$ 124,70 bilhões; milho, R$ 55,75 bilhões; cana-de-açúcar,
R$ 54,59 bilhões; e café, R$ 22,63 bilhões, que corresponde a 6,16% do
faturamento bruto do total das lavouras.

O VBP é elaborado com base nos preços médios recebidos pelos
produtores dos 26 principais produtos agropecuários do Brasil e corresponde ao
faturamento bruto dentro do estabelecimento rural. De acordo com a SPA/Mapa, o
VBP total da lavoura e da pecuária de fevereiro de 2017 foi estimado em R$ 548
bilhões para este ano, 3,2% superior aos R$ 531 bilhões do ano passado. O
Ministério destacou que o desempenho positivo da safra atual – com o aumento da
produção de alimentos e outros produtos – culmina no recorde do VBP deste ano, que
será o maior dos últimos 30 anos.

O café em 2017

Especificamente com relação ao café, o VBP de 2017 (R$ 22,63
bilhões) é 10,6% inferior ao de 2016, que foi de R$ 25,31 bilhões. Em 2015 o
VBP do café foi R$ 20,95 bilhões; em 2014, R$ 21,03 bilhões; e, em 2013, R$
17,28 bilhões. O VBP do café, disponível no Observatório do Café do Consórcio
Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, tem como referência a produção
anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e os
preços médios recebidos pelos produtores com base nos dados da Fundação Getúlio
Vargas – FGV e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade
de São Paulo – USP.

A queda do VBP do café deste ano em relação a 2016, que foi
estimada em 10,6%, deverá ocorrer principalmente no café arábica, cujo
faturamento estimado é de R$ 18,37 bilhões neste ano, ou seja, 16,15% inferior
ao de 2016. Essa redução é atribuída, principalmente, à bienalidade negativa do
café arábica, que, devido a questões fisiológicas da planta, alterna
produtividade média menor em um ano e maior no ano seguinte. Em contraposição,
o café conilon neste ano deverá apresentar maior faturamento bruto – R$ 4,26
bilhões -, com aumento de 25,18% em relação a 2016, devido à expectativa de
aumento da safra em decorrência da normalização climática no Espírito Santo.

(Fonte: Café Point)