
EMATER-MG DESENVOLVE FERRAMENTA DIGITAL PARA USO NO CAMPO
A Emater-MG busca melhorar a qualidade no atendimento aos
produtores rurais. Para isso, a empresa acaba de implementar, em todos os
municípios de Minas Gerais que atua, o Deméter, ferramenta digital que vai
permitir maior agilidade e melhoria das análises sobre as atividades
desenvolvidas nas propriedades rurais.
O Deméter faz parte de um programa desenvolvido pela empresa
chamado Emater 4.0, com foco na adequação às exigências da transformação
digital, construindo ferramentas para racionalizar, desburocratizar e tornar os
serviços mais ágeis. O Emater 4.0 foi lançado no dia 6 de dezembro, durante a
solenidade de comemoração dos 71 anos da empresa, que é vinculada à Secretaria
de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
“O trabalho do técnico da Emater com o Deméter vai ganhar
bastante agilidade, pois o relato das atividades será realizado através de um
tablet, ainda no campo. Esse processo minimiza a digitação posterior dos dados
no escritório e, além disso, o profissional já terá na palma das mãos todos as
informaçoes da propriedade no ato de um outro atendimento”, afirma o gerente da
Assessoria de Gestão de Tecnologia da Informação da Emater-MG, Marcos Lopes.
Ele explica que a Emater-MG já tinha outros sistemas
importantes, mas muito voltados para a parte administrativa e de coleta de
dados para o Governo. Faltava um sistema que estivesse no dia a dia, por meio
de um tablet, e que fosse fácil de usar. A ferramenta vai substituir muitos
trabalhos desenvolvidos em planilhas ou formulários manualmente, reduzindo o
tempo com a parte burocrática.
“Além disso, o Deméter vai possibilitar a geração de base de
dados riquíssima sobre a agricultura de Minas, criando um perfil da atividade
no estado. Com um banco de dados robusto, a Emater pode gerar conhecimento e
devolvê-lo para o agricultor”, afirma.
A criação do Deméter começou há cerca de três anos, quando a
Emater-MG contratou uma empresa de desenvolvimento de softwares para trabalhar
em conjunto com seu corpo técnico. O sistema que já está em uso no campo
permite a coleta de informaçoes para o cadastro de cliente, de propriedade e
registro de atividade. Caso o técnico esteja em um local sem conexão com a
rede, ele pode preencher todos os dados offline e, assim que houver sinal de
internet, eles serão atualizados automaticamente.
Café e Embrapa
Em breve, o uso do Deméter será liberado também para os
técnicos que trabalham com o programa de certificação de propriedades
cafeeiras, o Certifica Minas Café. Pelo programa, a Emater-MG faz um extenso levantamento
da propriedade e orienta os produtores sobre as boas práticas agrícolas em
todas as fases da produção, atendendo normas ambientais e trabalhistas,
reconhecidas internacionalmente. Ao final do processo, a propriedade passa por
uma auditoria para o recebimento da certificação.
Outro diferencial do Deméter é que ele trabalha interligado
ao sistema WebAgritech da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária. Ele acessa uma série de dados e conhecimentos sobre zoneamento,
cultivares, previsão do tempo, monitoramento da produtividade potencial e
diagnóstico de doenças. “O técnico da Emater pode fazer uma pesquisa, por
exemplo, de recomendação de adubação. Ele entra no sistema da Embrapa, cruza
com os dados coletados na propriedade com o Deméter e devolve o resultado para
o produtor”, explica Marcos Lopes.
Atendimento digital
Em uma nova etapa do programa Emater 4.0, será lançado um
aplicativo para que o produtor possa entrar em contato com o técnico. “O
agricultor poderá, por exemplo, solicitar agendamento de visita na propriedade
dele. Ele também vai baixar conteúdos da Emater como publicaçoes, vídeos ou
áudios. Ou seja, tudo que a gente disponibilizar na plataforma”, diz Marcos
Lopes.
De acordo com o gerente da Emater-MG, o aplicativo também
vai permitir a conversa do agricultor com o técnico para tirar dúvidas. Mesmo
que não tenha acesso à internet no momento, o produtor poderá registrar a
pergunta no aplicativo, que será enviada para o técnico assim que houver
conexão com a rede.
“O papel dos nossos técnicos continua o mesmo. O que muda é
que ele também poderá atender o produtor de forma digital, com uma plataforma
que vai permitir criar um banco de dados e quantificar esses atendimentos”,
explica.
(Fonte: Emater-MG)