CAFÉS DO BRASIL SÃO EXPORTADOS PARA 115 PAÍSES

Os Cafés do
Brasil foram exportados para 115 países no ano-safra 2020-2021, o qual
compreende o período de julho de 2020 a junho de 2021, e totalizaram recorde no
volume físico de 45,6 milhões de sacas de café de 60kg, com arrecadação em
termos de receita cambial no montante de US$ 5,84 bilhões, cujo preço médio da
saca foi de US$ 128,12. O volume físico representou um acréscimo de 13,3%,
assim como a receita cambial também teve crescimento de 13,4%, ambos em relação
ao ano-safra anterior.

Especificamente
no primeiro semestre do corrente ano, as exportaçoes dos Cafés do Brasil também
bateram um recorde no volume comercializado, com 20,86 milhões de sacas de
60kg, e um total arrecadado de US$ 2,79 bilhões, a título de receita cambial.
Tais performances representam acréscimos de 4,5% e de 7%, respectivamente, em
relação ao volume físico e à receita obtida, caso comparadas com o mesmo
período anterior.

Apenas no
mês de junho deste ano em curso, as exportaçoes atingiram o total de 3,01
milhões de sacas e receita de US$ 423,20 milhões, com preço médio da saca a US$
140,48. Tal valor unitário, se comparado com o preço médio da saca exportada no
mês de junho de 2020, que foi de US$ 117,59, representa um aumento expressivo
de 19,5%. Entretanto, o volume físico exportado, nesta mesma base comparativa
dos meses de junho, revela uma queda de 2,1%.

Vale
destacar que esta análise da performance das exportaçoes dos Cafés do Brasil
foram realizadas com base nos dados e estatísticas constantes do Relatório mensal
junho 2021, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual
também está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa
Café, coordenado pela Embrapa Café.

Conforme
ainda o Relatório do Cecafé, do volume físico total exportado no ano-safra
2020-2021, ora em destaque, que foram as 45,59 milhões de sacas de 60kg já
citadas, 36,91 milhões de sacas foram da espécie de café arábica (81%); 4,71
milhões de sacas de café canéfora (robusta e conilon) – (10,3%); o equivalente
a 3,93 milhões de café solúvel (8,6%); e, por fim, o corresponde a 30,70 mil
sacas de café torrado e moído (menos que 0,1%).

Neste mesmo
contexto, as exportaçoes dos cafés diferenciados, os quais são assim
considerados pelo Cecafe porque têm qualidade superior ou possuem certificaçoes
de práticas sustentáveis, corresponderam a 17,3% das exportaçoes totais dos
Cafés do Brasil,  nesta safra 2020-2021,
com a venda de 7,88 milhões de sacas de 60kg aos importadores, o que apresentou
um crescimento de 16,4% no volume físico, se comparadas com as 6,77 milhões de
sacas registradas na safra anterior, e receita cambial de US$ 1,31 bilhão.

Outro ponto
que também mereceu destaque neste Relatório mensal – junho 2021, do Cecafé, foi
“(“¦) a inserção de dois países produtores entre os 10 principais mercados
compradores do produto nacional na safra 2020/21. A Colômbia (“¦) elevando suas
importaçoes em 150% – para 1,137 milhão de sacas – na comparação com o ciclo
anterior e passando a representar 2,5% das exportaçoes totais do Brasil. O
México (“¦) com a aquisição de 965 mil sacas, ou 2,1% do total”. De acordo ainda
com o Relatório, “(“¦) esses mercados produtores e exportadores podem ser
considerados “novos paradigmas” para os Cafés do Brasil. Eles importam para o
consumo interno e para industrializar e comercializar com outros países, como
no exemplo dos mexicanos, que vendem muito para os EUA. O México virou uma
potência industrial do solúvel e tem demandado cada vez mais grãos brasileiros
para isso. (“¦) No acumulado da temporada 2020/21, as exportaçoes de café verde
do Brasil para outros países produtores totalizaram 2,697 milhões de sacas, o
que implicou incremento de 47,2% em relação às 1,833 milhão de sacas embarcadas
na safra antecedente”.

(Fonte: Cecafé)