CAFEICULTURA ANTECIPA E AUMENTA RECURSOS PARA A SAFRA

Durante o evento “Café Brasileiro: Sustentabilidade e
Qualidade”, que abre as comemoraçoes de 60 anos de atividades da Cooxupé, o
presidente do Conselho Nacional do Café, deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG),
conversou com o Notícias Agrícolas a respeito dos recursos a serem destinados
para a cafeicultura no próximo Plano Safra. Ao contrário de outros setores do
agronegócio, a cafeicultura será preservada.

De acordo com Brasileiro, haverá um acréscimo recorde de
5,89% nos recursos destinados pelo Funcafé, que somarão 4 bilhões e 890 milhões
de reais. Também há outro adendo importante, que diz respeito à antecipação da
data de liberação de financiamentos.

Anteriormente, os cafeicultores apenas possuiam
financiamentos liberados em 1º de outubro, quando o produtor já estava colhendo
e tinha dívidas a pagar. Este ano, os recursos serão liberados a partir de 1º
de julho, quando o produtor tem condiçoes de financiar o seu café, pagar sua
folha e vender no momento mais próprio. Em todo o sistema bancário, são 182 bancos
credenciados, além de cooperativas de crédito também recebendo esse recurso.

O dinheiro disponibilizado, de acordo com o presidente,
atende grande parte da cafeicultura. Os grandes produtores normalmente contam
com recursos particulares – sendo assim, o dinheiro visa, principalmente, os
pequenos produtores.

No orçamento total, entretanto, o Ministério da Agricultura
teve um corte de 42% de seus recursos.

Mercado do café

Brasileiro destaca que a questão da importação tornou o
mercado muito especulativo. Como os compradores internacionais estão bem
estocados, eles aguardam para ver efetivamente o que irá acontecer nesta safra,
além dos estoques de passagem a serem divulgados pela Companhia Nacional do
Abastecimento (Conab). Para ele, os preços serão maiores porque teremos oferta
menor. Sendo assim, aconselha os produtores a acompanhar o mercado para depois
colocar à venda. Há uma interrogação na condição climática para 2018, mas o
aumento da safra não deve ser muito elevado, gerando normalidade no café e um
estoque controlado nos próximos anos.

O presidente também é cafeicultor no cerrado e está fazendo
a renovação do seu parque cafeeiro. Para ele, com a mesma área, o Brasil pode
produzir mais 20 milhões de sacas de café sem dificuldades. Para isso, seria
necessário aplicar novidades, pesquisa e fazer essa renovação do parque
cafeeiro, o que deve tornar o país mais competitivo. Ele lembra que a Colômbia
teve um crescimento acelerado nos últimos anos.

(Fonte: Notícias Agrícolas)