AGROPECUÁRIA: SETOR DEVE SER UM DOS MENOS PENALIZADOS PELO CORONAVÍRUS

Coopercam prepara
cartilha com medidas de segurança para a colheita de café

 

A pandemia do coronavírus fez o mundo parar e, com isso, a
pergunta inevitável: e agora? Primeiro, temos que manter a calma e cuidar da
saúde. Pois uma coisa é certa: tudo passa! Assim como outras crises que o mundo
vivenciou, essa também vai ter seu fim. “Neste momento, o equilíbrio é
fundamental, tanto para os governantes quanto para a população. Assim, teremos
todos os meios para sair dessa crise o mais rápido possível”, comenta José
Márcio Rocha, presidente da Coopercam.

Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias – além da
Covid-19 -, é a crise econômica que veio no rastro da pandemia. Porém, a
agropecuária, segundo especialistas, deverá ser um dos setores menos atingidos
pelo coronavírus. Um estudo apresentado nesta segunda (30/03), pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério da
Economia, mostra o cenário econômico para 2020 e os impactos provocados pela
pandemia. De acordo com o Ipea, sob o ponto de vista da produção agrícola, as
principais commodities brasileiras deverão sofrer pouco impacto.

Ainda segundo o Ipea, ao levar em conta a previsão de safra
do IBGE e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o PIB agropecuário
deve fechar 2020 com um crescimento de 3,8%. Mesmo com a simulação do impacto
de choques negativos na economia em razão do novo coronavírus, semelhantes à
crise de 2008, a expectativa é positiva: alta de 2,5%, sustentado pela
estimativa de safra recorde de soja.

Nos últimos 12 meses, as cotaçoes das principais commodities
agrícolas estiveram constantes, de acordo com o índice geral de preços,
publicado mensalmente pela Organização das Naçoes Unidas para a Alimentação e a
Agricultura – FAO. No momento, a estabilidade é impulsionada pelo câmbio, o que
é positivo para as exportaçoes brasileiras. Somente em março, já houve uma
apreciação da moeda americana de 15%, enquanto nos três primeiros meses de 2020,
o acumulado foi de 28%. Porém, especialistas acreditam que algumas complicaçoes
poderão surgir, temporariamente, na agroindústria e nas atividades de
distribuição.

O Ministério da Agricultura tem se manifestado de forma
favorável desde que o coronavírus aportou no Brasil. Tereza Cristina já
garantiu que os brasileiros não ficarão sem alimentos. Nesse sentido, junto com
o Ministério da Infraestrutura, a ministra tem traçado açoes para garantir o
livre acesso a estradas, portos e aeroportos para as cargas essenciais dos
produtos agropecuários, tanto para o abastecimento da população quanto do
sistema de saúde.

Colheita de café

O café está entre as principais comodities brasileiras e a
colheita da próxima safra se aproxima. “De fato, a produção cafeeira tem um
calendário que precisa ser seguido. O produtor deve continuar seus
preparativos, porém, este ano ele deverá redobrar os cuidados em relação à
saúde de seus colaboradores”, comenta o presidente da Coopercam.

Essa é uma preocupação que os cafeicultores precisam ter, já
que o Ministério da Saúde afirma que o pico da crise deve acontecer ente os
meses de abril e junho, período em que os trabalhos de colheita do café estarão
no auge. A preocupação tem sentido, pois a maior parte da colheita é feita manualmente
e com trabalhadores que chegam de outros estados. Rocha garante que, junto com seus
cooperados, “a Coopercam está em busca das melhores soluçoes para garantir a
saúde de todos os envolvidos na colheita de café na região em que atua”.

Este ano, com a bienalidade positiva, a Conab aponta uma
safra de 62 milhões de sacas. Isso representa, também, aumento na mão de obra,
por isso a preocupação ainda maior. “Com certeza, haverá uma demanda crescente
por equipamentos de proteção e segurança para os trabalhadores. Mas queremos
tranquilizar nossos cooperados e os trabalhadores, pois a Coopercam já está
trabalhando em uma cartilha para orientar e assegurar a segurança de todos os
envolvidos”, finaliza o presidente da Coopercam.

“A pandemia no Brasil, infelizmente, não será diferente de
outros países já atingidos. Mas acredito que Deus tem um propósito maior para o
país e não podemos nos entregar. Mas é importante que todos se cuidem. Todos
devem fazer a sua parte para ajudar o Brasil a sair dessa o mais rápido
possível e mais fortes”, finaliza José Márcio.

 (Fonte: Assessoria de Imprensa Coopercam)