EXPORTAÇÃO DE CAFÉ SOLÊVEL DEVE ALCANÇAR RECORDE DE 4 MI DE SACAS, PREVÊ ABICS

A exportação de café solúvel do Brasil no acumulado dos 10
primeiros meses do ano alcançou 3,340 milhões de sacas, volume que representa
crescimento de 9,44% na comparação com as 3,052 milhões de sacas registradas de
janeiro ao fim de outubro de 2018. Os dados são do Relatório de Desempenho das
Exportaçoes da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).

“Com a performance alcançada até o mês passado,
estimamos que os embarques de solúvel do Brasil, em 2019, atinjam 4 milhões de
sacas, superando a marca até então histórica de 2017, de 3,87 milhões de sacas
exportadas”, informou em comunicado Aguinaldo Lima, diretor de Relaçoes
Institucionais da Abics.

No acumulado dos 10 primeiros meses de 2019, o café solúvel
respondeu por 9,4% das exportaçoes de todos os tipos de café do Brasil, ficando
em segundo lugar no ranking, atrás apenas da variedade arábica, mas situando-se
à frente de robusta e torrado e moído.

Em relação à receita cambial, o País faturou, no acumulado
de 2019 até outubro, US$ 494,2 milhões. “Nos comparativos mensal e anual,
a receita está 1% inferior em relação a 2018, mesmo com a ampliação do volume.
Esse cenário, explica-se, contudo, pelos baixos preços do café no mercado
internacional, os quais a indústria absorve na comercialização do
produto”, justificou Lima.

O principal cliente do café solúvel brasileiro, no acumulado
de janeiro ao fim de outubro, são os Estados Unidos, que adquiriram 562.910
sacas, volume 1% superior às 554.904 sacas importadas no mesmo período do ano
passado. Na sequência, vêm Rússia, com a compra de 325.143 sacas (-13%);
Indonésia, com crescimento de 16% ante 2018 e a aquisição de 255.457 sacas;
Japão, com a importação de 239.476 sacas (-6%); e Argentina, que comprou
194.925 sacas (-11%).

No ranking dos principais compradores do produto nacional, a
Abics destaca também o crescimento registrado para alguns países, como Espanha
(+691%), México (+396%), Suécia (+288%), Croácia (+276%), Hong Kong (+157%) e
Colômbia (+152%).

(Fonte: Globo Rural)