PRODUÇÃO DE 47,37 MILHÕES DE SACAS ARÁBICA OCUPA ÁREA DE 1,5 MILHÕES DE HECTARES EM 2020

A
produção da espécie de café arábica no Brasil está presente em quatro das cinco
regiões macroeconômicas – Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste – e ocupa uma
área total de 1,5 milhão de hectares, com produção estimada em 47,37 milhões de
sacas e produtividade média de 31,27 sacas por hectare em 2020. Com relação ao
café conilon, a área ocupada na produção corresponde a 369,6 mil hectares, com
volume de 14,25 milhões de sacas e produtividade média de 38,56 sacas por
hectare.

Com relação exclusivamente à produção de café
arábica, na Região Sudeste, que congrega os maiores estados produtores dessa
espécie, a lavoura ocupa 1,4 milhão de hectares. Minas Gerais, que é o maior
estado produtor do País, ocupa 1,03 milhão de hectares, que correspondem a
73,5% do total da região, e deverá produzir 33,14 milhões de sacas, com
produtividade média de 32,12 sacas por hectare. Em segundo lugar, no Sudeste,
vem o estado de São Paulo com 201,5 mil hectares (14,3%), que tem a produção
calculada em 6,15 milhões de sacas e produtividade de 30,56 sacas por hectare.

Em terceiro lugar na produção de café arábica na
Região Sudeste, figura o estado do Espírito Santo que ocupa 156,3 mil hectares
com essa espécie de café, área que equivale a 11% do cultivo de arábica na
região, com produção de 4,47 milhões de sacas e produtividade de 28,64 sacas
por hectare. Na sequência, vem o estado do Rio de Janeiro com produção de 346
mil sacas, numa área de 11,68 mil hectares (0,8%) e produtividade de 29,61
sacas por hectare. Como se observa, com base nesses números, a produção total
de café arábica estimada em 44,12 milhões de sacas, na Região Sudeste, ocupa
1,4 milhão de hectares, com produtividade média de 31,49 sacas por hectare, em
2020.

A segunda maior região produtora de café arábica do
Brasil é o Nordeste que, em 2020, terá uma produção de 2 milhões de sacas e
produtividade de 29,84 sacas por hectare em uma área de 67,63 mil hectares. A
Região Sul produz essa espécie numa área de 35,55 mil hectares, com produção
estimada em 937 mil sacas e produtividade de 26,37 sacas por hectare. Por fim,
a Região Centro-Oeste, onde a produção de café arábica em 2020 foi calculada em
240,5 mil sacas, numa área de 6,15 mil hectares e produtividade de 39,09 sacas
por hectare.

Tais dados e números que permitiram realizar estas análises da
performance da produção dos Cafés do Brasil (arábica e conilon) foram obtidos
do Sumário Executivo do Café – Novembro 2020, elaborado e
divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa.
Referido documento está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.


Quanto ao café da espécie conilon, um estudo
comparativo similar da área em produção, produtividade e volume produzido
indica que a maior região macroeconômica produtora é a Sudeste com 9,45 milhões
de sacas produzidas neste ano de 2020, produtividade de 37,29 sacas por hectare
numa área de 253,45 mil hectares. O maior estado produtor do Região Sudeste, e
do Brasil é o Espírito Santo com área de 243,9 mil hectares, produtividade de
37,43 sacas por hectare e produção de 9,13 milhões de sacas, o que representa
96,6% do volume produzido na Região Sudeste e 64% de toda a produção nacional
de café da espécie conilon que está estimada em 14,25 milhões de sacas.

E, adicionalmente, a Região Norte, que é a segunda
maior produtora de café conilon em 2020, com 2,43 milhões de sacas produzidas
exclusivamente no estado de Rondônia, com produtividade de 38,29 sacas por
hectare em uma área de 63,56 mil hectares. Na sequência, a Região Nordeste, que
produz esse tipo de café somente no Estado da Bahia, tem produção calculada em
2,12 milhões de sacas numa área de 39,25 mil hectares e uma ótima produtividade
de 54 sacas por hectare. Por último, a Região Centro-Oeste, que produz essa
variedade de café somente no Estado do Mato Grosso, tem produção calculada em
158,4 mil sacas e produtividade de 16,5 sacas por hectare numa área de 9,6 mil
hectares.

Neste mesmo contexto de análise da performance da cafeicultura, o Valor Bruto da Produção – VBP dos Cafés do Brasil, também
produzido mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, está estimado em R$ 33,38
bilhões para 2020, sendo R$ 27,71 bilhões para café arábica, que equivalem a
aproximadamente 83% desse total, e R$ 5,67 bilhões para a espécie de café
conilon, que correspondem a 17%.


De acordo com os dados constantes do Valor Bruto da Produção – VBP – Outubro 2020, se for
estabelecido um ranking do faturamento bruto estimado para as cinco regiões
geográficas brasileiras que produzem café, considerando as duas espécies
(arábica e conilon), em ordem decrescente, constata-se que a Região Sudeste
desponta em primeiro lugar com R$ 29,5 bilhões, cujo montante equivale a 88,4%
do faturamento total, seguida pela Região Nordeste que teve sua estimativa
calculada em R$ 2,02 bilhões, a qual corresponde a 6%.


Dando continuidade a este ranking, em terceira
posição vem a Região Norte com a receita bruta estimada em R$ 1,04 bilhão, que
corresponde a 3%. E, na sequência, em quarto lugar, figura a Região Sul com R$
565,7 milhões de potencial de arrecadação com a atividade cafeeira, o que
equivale a 1,7%. Por fim, em quinto, encontra-se a Região Centro-Oeste que tem
o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 245,2 milhões, montante
que corresponde a 0,73% do total estimado para todas as lavouras dos Cafés do
Brasil.

(Fonte: Cecafé)