Era aguardada uma superssafra, mas a tendência é que,
dependendo de uma condição em curto prazo, a superssafra pode estar
prejudicada. Essa é a avaliação de José Braz Matiello, engenheiro agrônomo da
Fundação Procafé.
Em função de um menor volume de chuvas, do calor, do frio e
de algumas doenças, lavouras ficaram desfolhadas em várias regiões do país. A
falta de água é grande e o solo não possui armazenamento suficiente, além de o
ar contar com uma umidade baixa neste momento, levando a uma perda de água
maior. Estes fatores, para Matiello, indicam uma deficiência de reservas para a
frutificação da colheita em 2018.
A folhagem do café, como ele destaca, é a reserva da planta
para passar por este período. Assim, pode não sobrar para a florada do café,
que utiliza muita reserva. A medida em que a desfolha aumenta, reduz o número
de frutos por ramo.
Ele diz ser difícil saber de antemão o quanto a próxima
safra será menor do que o esperado. Tudo irá depender da retomada das chuvas.
Variando de região para região, ainda há reserva para gastar em um período mais
curto.
Para que as floradas ocorram e para que as plantas recuperem
suas reservas, são necessárias chuvas de 20mm. “Se puder 40mm, melhor ainda”,
aponta o engenheiro agrônomo.
(Fonte: Revista Cafeicultura)