Em 2021, a primavera trouxe chuvas mais abrangentes para boa parte do Brasil. Mesmo assim, existem áreas deficientes de umidade, como é o caso de algumas regiões das produtoresas de café do sudeste do Brasil.
Para o pesquisador Willians Ferreira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Café e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Sudeste, a perspectiva de recuperação da safra de café não é favorável, já que a bienalidade está negativa e as condições climáticas não tendem a melhorar.
“Todas as dificuldades climáticas enfrentadas no ano passado, ainda não devemos recuperar a produção, ainda por cima não houve crescimento vegetativo necessário para as novas áreas produtoras. Por conta disso, há um grande comprometimento com a próxima safra ”, explica.
Além disso, Ferreira ainda ressalta que no fim do fenômeno La Niña a escassez de água é um risco presente que pode impactar o enchimento dos grãos de café.
“Com a presença deste La Niña, mesmo considerado de baixa intensidade, causa um aumento da quantidade de chuvas neste período até o fim do ano. Contudo, a partir de janeiro, a expectativa é de redução sem volume de chuvas, podendo até causar escassez hídrica em determinado mês de março de 2022, o período de enchimento dos grãos de café. Se esse fenômeno para concretizado pode haver um comprometimento ainda maior para a próxima safra, associado às intempéries do ano passado ”, diz.
(Fonte: Canal Rural)