O presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC)
teve audiência, nesta quarta-feira, 5 de abril, com Pedro Ivo Sebba Ramalho,
diretor adjunto da Diretoria de Gestão Institucional da Anvisa. Silas
Brasileiro solicitou ao órgão maior celeridade na aprovação de produtos para o
combate à broca-do-café a fim de evitar que o ataque da praga se torne
preocupante ao setor.
Segundo ele, desde o banimento do Endosulfan, sem a
aprovação de substitutos eficazes, o que só passou a ocorrer a partir do ano
passado, há a possibilidade de crescer o ataque de broca nos cafezais
brasileiros.
O presidente do CNC conversou com a Anvisa para buscar
saídas que propiciem um cenário de segurança ao cafeicultor, que pode ter suas
vendas comprometidas caso aumente a incidência da praga, pois os frutos perdem
peso e passar a ser necessária uma maior quantidade de grãos para compor uma
saca.
De acordo com Silas Brasileiro, a agilidade na aprovação de
novos produtos também é importante porque, além do trâmite para que o defensivo
chegue ao mercado, ainda existe o período de “aprendizado” do produtor para a
melhor aplicação nos cafezais.
Segundo o CNC, estima-se um prazo de três anos para que o
cafeicultor adapte suas lavouras aos melhores resultados dos novos produtos, o
que pode fazer com que oscile a incidência de broca em suas lavouras, fato que
pode afastar momentaneamente algumas indústrias compradoras, sendo este mais um
ponto de impacto negativo junto à necessidade de mais grãos de café para formar
uma saca.
Em relação ao consumo da bebida, o presidente do CNC afirma
que a broca não é prejudicial à saúde humana, portanto esse não é um cenário de
alarme para a população. Segundo ele, os principais consumidores internacionais
adquirem o café brasileiro cientes da excelente qualidade do produto, que
atende a todas as especificações legais mundo afora. “E assim também é no
Brasil”, exclama.
(Fonte: Café Point)