O faturamento bruto da lavoura dos Cafés do Brasil em 2018
está estimado em R$ 24,341 bilhões, sendo R$ 19,626 bilhões para os cafés da
espécie arábica e R$ 4,715 bilhões para os cafés conilon. Se for estabelecido
um ranking desse faturamento da cafeicultura para as cinco regiões geográficas
brasileiras, totalizando as duas espécies de café, verifica-se que a Região
Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 21,634 bilhões, o que equivale a
88,88% do faturamento total, seguida pela Região Nordeste com R$ 1,212 bilhões
(4,98%). Em terceira colocada vem a Região Norte com o faturamento estimado em
R$ 856,956 milhões (3,52%), em quarto, a Região Sul com R$ 451,575 milhões
(1,85%) e, por fim, em quinto, a Região Centro-Oeste que tem o faturamento
bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 185,678 milhões, montante que
corresponde a 0,77%.
Neste mesmo contexto, um ranking especificamente dos cafés
da espécie arábica, também nas cinco regiões geográficas do Brasil, teria a
seguinte performance: novamente, as Regiões Sudeste e Nordeste figuram em
primeiro e segundo lugares, respectivamente, com faturamentos estimados em R$
18,464 bilhões (94,08%) e R$ 562,097 milhões (2,87%). Em terceira colocada está
a Região Sul com R$ 451,575 milhões (2,30%), seguida pela Região Centro-Oeste
com R$ 133,964 milhões (0,68%). E, por fim, a Região Norte, em quinto lugar,
com R$ 13,908, o que equivale a 0,07 % do faturamento total dos cafés arábicas.
Se aplicada esta mesma lógica de análise exclusivamente para
os dados do faturamento das lavouras de café da espécie conilon, o ranking das
quatro regiões produtoras – a Região Sul brasileira não produz café conilon -
terá a seguinte configuração: na primeira colocação, de novo, desponta a Região
Sudeste com R$ 3,170 bilhões (67,27%), seguida pela Região Norte com R$ 843,048
milhões (17,86%). Em terceiro, figura a Região Nordeste com R$ 650,522 milhões
(13,79%), e, em quarto, a Região Centro-Oeste com R$ 51,713 milhões, que
equivalem a 1,08%.
Estes dados e números da performance dos Cafés do Brasil, o
quais permitem elaborar diversas análises e comparações do faturamento bruto
das lavouras cafeeiras brasileiras, constam do Valor Bruto da Produção – VBP
(20-7-2018) divulgado pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, o qual está disponível na
íntegra, assim como todas as demais edições, no Observatório do Café do
Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
O VBP completo, que é elaborado mensalmente pela SPA,
contempla o faturamento estimado para todas as lavouras e pecuária no Brasil.
Neste caso, o VBP total está calculado, tendo como base o mês de junho de 2018,
o montante de R$ 562,427 bilhões, sendo R$ 383,290 bilhões (68%) para lavouras
e R$ 179,136 bilhões (32%) para pecuária.
Especificamente em relação ao café, vale ressaltar que ele
ocupa o quinto lugar no ranking do VBP (lavouras), cujo faturamento bruto está
calculado em R$ 24,341 bilhões, que corresponde a 6%. Dessa forma, o café é
precedido pela soja, que figura em primeiro lugar desse ranking, com R$ 136,899
bilhões (36%); em segundo, cana-de-açúcar – R$ 67,051 bilhões (17%); milho, em
terceiro – R$ 46,102 (12%); e algodão herbáceo, em quarto – R$ 31,809 bilhões
(8%).
Cálculo do VBP do Café – Tem como base a safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e preços médios recebidos pelos produtores divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade de São Paulo – USP. Os dados desta análise consideraram, entre outros, os preços médios anuais recebidos pelos produtores no período de 1989-2017. Para 2018, foram considerados os preços médios de janeiro a junho. Os cálculos dos preços referem-se ao café arábica tipo 6, bebida dura para melhor e café robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.
(Fonte: Embrapa Café)